sexta-feira, 24 de julho de 2009

Não dá pra perder!


A gente não poderia deixar de convidar vocês todos pra esse mega evento que vai rolar em agosto pra celebrar o lançamento do "O Livro do Som do Céu", com todo o conteúdo do debate sobre música cristã que rolou durante o Som do Céu 2009 e contou com a presença de João Alexandre, Jorge Camargo, Aristeu Pires, Nelson Bomilcar, entre muitos outros.

Dentre tanta gente bacana, nós estaremos lá apresentando o nosso trabalho "Ventaneio"!

Uma programação super especial das 17h às 21h!

E agora por apenas R$ 25,00 você:

assiste 4 shows musicais
+
assiste a apresentação do espetáculo "Ventaneio" do Catavento
+
participa de um super coquetel de lançamento do livro


e ainda pode levar pra casa o booklet (livro + cd) comemorativo da 25º edição do Som do Céu
de R$ 25,00 por apenas R$ 15,00!!!

Isso tudo, fora o sorteio de brindes! É bom demais da conta!

Os ingressos são super limitados e podem ser adquiridos da seguinte forma: você deposita o valor na conta da MPC (Banco Itaú - ag. 0084; c.c. 24901-0) e manda o comprovante do depósito via fax (31-3492-1001) ou email (mpc@mpc.org.br). A venda de ingressos na bilheteria do teatro no dia do show está sujeita à disponibilidade de ingressos. Corra pra não perder!
Quem puder estar por lá, certamente não vai se arrepender!!! Bjo pra todos!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mais uma vitória da Dança

A dança conquistou nesta quarta-feira (15/07) mais uma vitória na briga contra a fiscalização dos profissionais da área pelos Conselhos Regionais de Educação Física. Foi aprovado, por unanimidade, na Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados, o projeto de lei 1.371/07, da deputada Alice Portugal (PCdoB/BA). O texto determina que “não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais de dança, artes marciais e ioga, capoeira e método pilates, seus instrutores, professores e academias”. Agora, o projeto segue para votação na Comissão de Turismo e Desporto (leia toda a reportagem: http://idanca.net/lang/pt-br/2009/07/15/profissionais-da-danca-comemoram-mais-uma-conquista/11523/).

Vamos em frente...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tem alguém chegando...

Queridos companheiros de jornada,

É com muita alegria e expectativa que anunciamos a mais nova integrante do grupo: Vitória Meireles. Um dia, com bastante calma, a gente conta como tudo aconteceu. O importante agora é que temos mais informação criativa, mais um corpo, mais uma dança pra girar esse catavento!

Seja bem-vinda, Vitória!


A Vitória é bailarina desde 1987. Em 2001, concluiu o curso profissionalizante de Dança pela Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes) onde atuou em espetáculos entre 1997 e 2001 como intérprete e criadora. É professora de dança contemporânea e preparação física para bailarinos na escola de dança Erika Dutra e no projeto Quik Cidadania, onde também atua como assistente na coordenação pedagógica. Foi professora e ensaiadora da equipe mineira de ginástica rítmica por 4 anos. Participou do FID (Fórum Internacional de Dança) como bolsista do programa Território Minas. É formada em Teologia pela FATE/BH - Instituto Izabela Hendrix e desenvolve pesquisa teológica sobre o lugar do corpo na liturgia e de dança e movimento a partir do sistema Laban. Em sua igreja, atuou como cantora por mais de 15 anos, tem atuado com professora de dança e coreógrafa para grupos de jovens e adultos e faz parte da Diretoria de Artes. É formada também em canto popular na Babaya escola de canto. É membro da Igreja Batista da Lagoinha desde 1989. É natural de Belo Horizonte e casada com o cenógrafo Semer Meireles.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pelo Belo



Li o texto abaixo do Gerson Borges e não tive como não concordar plenamente com ele! Eu, Paula, Camila e Fabrícia temos conversado muito sobre essa tal dança contemporânea que, por muitas vezes, na tentativa de ser tudo, acaba sendo qualquer coisa... Parece que falta algo... Enfim, deixo com o Gerson essa reflexão... E claro, com vocês também...


Há qualquer coisa de podre na arte contemporânea


Não gosto muito de ler polemistas, sobretudo cronistas de jornais.

Fico meio desconfiado de suas posturas e intenções. Esse papo esquerda-direita, embate ideológico (ou vaidosa tertúlia intelectualóide) do tipo Veja X Carta Capital já me cansou. Teimo, e isso pode ser o tal pecado do julgamento, em achar que é a falta de assunto que os motiva. Mas a "zica" e a ironia é que polemistas acabam por prestar bons serviços à nossa inteligência e fígado – pelo menos dou boas, muito boas risadas. Nos dão coceira mental. E são lutadores, devo admitir. "Polemistés", no grego, quer dizer guerreiro. Os caras gostam de brigar!

Um dias desses, pondo meu arquivo de recortes de jornais em dia, dei com os olhos num texto meio amarelado de Arnaldo Jabor (Segundo Caderno, O Globo, 11/11/2003), que me salvou a manhã tediosa. Eis um polemista! Nem Cony, nem Maynardi: Jabor. Que "Caros Amigos", "Piauí", que nada: Jabor! O rei da ironia debochada... e edificante! Nessa coluna escrita há seis anos, o cineasta-que-virou-colunista abre o coração(!) e conta de uma visita-retiro espiritual, quase, a Veneza.

"Depois de dois anos sem sair do país" - ele contava - "impregnado de todos os bodes do Brasil e do Mundo, pois minha profissão atual é ser esponja das notícias e dos fatos que elas escondem".
Eram os cinzentos dias pós-11 de Setembro. Jabor se refugia na espantosa beleza da cidade e nas obras da Renascença que atulham aquela antiga República do comércio entre o Oriente e o Ocidente... Tintoretto, Veronese, Ticiano. Fiquei dias dentro da Scuola Grandi di San Rocco... Extasiado, purificado, renovado, caí na besteira de visitar um templo da Arte Moderna, a casa de Peggy Guggeheim, onde se empilham os primórdios da Modernidade artística do Século XX".

Sua conclusão é - pasmei - a minha: um show de contrastes que me deu uma certeza: há qualquer coisa de podre na arte contemporânea... há uma ausência de esperança que danifica a obra de arte. Isso mesmo: esperança".

Caramba, tenho um irmão-de-armas na minha dor de ver o lixo sendo tratado como arte: Jabor! Tenho um companheiro no mal-estar que invade ao dar uma olhadeda nas Bienais: Jabor! Ele, como eu, acreditamos na beleza e na esperança que uma obra de arte, simplesmente por produzir na alma da gente genuína fruição poética, o prazer do belo. Ele, como eu, cita Stravvinsky, enchendo a boca: “A obra de arte tem de ser exaltante”.

Sua crônica termina com uma pergunta contundente: será que "o novo" não pode ser "um belo" que denuncie, com sua luz, sua esperança, a injusta vida?.

Jabor enfrenta, portanto, até mesmo a pergunta célebre de Adorno e de seus companheiros da Escola de Frankfurt, corrente filosófica de origem judaica-alemã: "Qual o sentindo de se escrever poemas depois do horror de Auschwitz?" O mesmo de sempre: fruição estética, denúncia (como o fazem também os profetas), expressão de toda gama de sentimentos (como o fazem também os salmistas), celebração e relevância.

Estou cheio da feiúra! Farto do cinza-escuro da fumaça escatológica de Blade Runner e seus congêneres menores, esse cinema do caos futurística e dos clichês baratos. Estou farto de Gerald Thomas e seu anti-teatro pseudo-cult. Estou farto do Trash (êta definição mais acertada) Metal e seus grunhidos sem sentido - e daqueles que chamam isso de música.

Música? Música é Bach, Jobim, Mozart, Lenine – melodia, harmonia, ritmo – a velha trinca. Gente, ruído não é música. Por favor! John Cage, Schoenberg, Miles Davis e toda gente do Free Jazz mais doido de tão outside que me perdoem! Quero melodias que me arrebatem! Estou farto dessa arquitetura besta das nossa cidades enfumaçadas do Novo Mundo Capitalista, que confunde gente com pombos. Não há beleza num pombal, por mais assimétrico que sejam suas formas. Estou até aqui dessa dança feia dançada por corpos idem de tão expostos e distorcidos, coreografia da decadência. Estou aturdido de tantos pseudos-Pollaks e seus quadros que, ok, se expressam algo do artista expressam seu ...vazio. Não precisa ser um retrato do Real, mas que não me angustie com o Nada. A Arte Moderna é velha como o Universo pré-edêmico: sem forma e vazia. Sem limites. Sem beleza. Estou enjoado dessa poesia do lixo, e olha que não sou contra a fragmentação de um Guimarães Rosa e de um Graciliano Ramos. Vejam como escrevem bem (bonito)! Poetas de verdade descrevem o lixo com luxo:

O Bicho (Manoel Bandeira )

Vi ontem um bichoNa imundície do pátiocatando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,Não era um gato,Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

A contribuição de Schaeffer , ao tentar construir uma visão cristã do Ocidente e da Arte, pode ser até equivocada (senão ultrapassada) em alguns pontos (Brian McLaren, por exemplo, pensa assim), mas sua afirmação de que não há Graça na arte moderna é mais do que adequada.

A arte ficou sem Graça/graça, com maiúsculo e minúsculo.

Mas volto a Jabor: há mesmo qualquer coisa de podre na arte contemporânea. A poesia está mal das pernas. Vivemos em um mundo de prosa. Em um mundo de prosa, tudo fica prosaico, vulgar, material, sem elevação, corriqueiro, chão. A feiúra da Arte é o retrato do coração do homem de hoje, prosaico, feio, não-espiritual. O Real é belo, é Deus. Deus vive na realidade. Mas não temos olhos para ver o Real. O Belo é real. Minha querida Adélia Prado está certa: "só o visionário vê o real". Jabor, danado, que visionário é você! Deus o abençoe!

(texto de Gerson Borges, extraído do Portal Cristianismo Criativo.)